Um dos veículos mais interessantes das
histórias em quadrinhos, o jato invisível da Mulher Maravilha estreou no
primeiro número da revista Sensation Comics, apenas um mês depois do surgimento
de sua proprietária (em All-Star Comics 8, de 1941). Ao longo de seis décadas,
esse estranho veículo passou por diferentes concepções e inspirou diversas
especulações sobre sua origem. O próprio William Moulton Marston, criador da
personagem, morreu em 1947 sem nunca ter explicado direito a origem da
parafernália.
No início, o avião era fruto da
avançada tecnologia de Themyscira, a famosa Ilha Paraiso, local isolado onde
viviam as Amazonas, guerreiras imortais protegidas pelos deuses gregos. O
aparelho foi utilizado por Diana para devolver ao "mundo dos homens"
o piloto da força aérea americana Steve Trevor, cujo avião havia caído no
quadrante proibido onde a ilha se localizava, o Triângulo das Bermudas.
Presente
de grego
Antes da Crise nas Infinitas Terras
(1985), as origens do jato eram diversas. Primeiro se dizia que a transparência
do aparelho vinha de um metal existente só na Ilha Paraiso, o Amazonium ou
Amazilikonn. De volta à mitologia grega, também havia uma concepção
sobrenatural em que o avião é resultado da transformação do cavalo alado
Pégaso, depois de cruzar uma nuvem mística. Ainda há a história de três provas
que a princesa amazona teve que disputar para ganhar uma terça parte da
aeronave em cada uma delas. Na versão pós-Crise, o roteirista George Perez deu
à Mulher Maravilha o poder do vôo e, por um bom tempo, o jato invisível foi
ignorado como se nunca tivesse existido.
Atualmente, o jato é um cristal
super-resistente que pode assumir a forma que seu possuidor desejar. Esse
morphing crystal foi um presente dos os lansinarianos, uma raça alienígena, em
agradecimento ao salvamento de suas vidas feito pela amazona.
Capacidades
especiais
Em sua versão pré-Crise, o avião também
era chamado de jato-robô, devido à capacidade de ser guiado por controle remoto
através de circuitos implantados na tiara da Mulher Maravilha. O jato era
invisível a olho nu e aos radares e alcançava velocidade superiores às das
aeronaves da época, sendo capaz inclusive de ir ao espaço. O avião ficava
guardado em um hangar
Improvisado em uma fazenda abandonada
na periferia de Washington, onde Diana Prince vivia como embaixadora. Já na
versão pós-Crise, o cristal lansinariano era capaz de alterar sua forma
completamente, reciclar o ar em seu interior por horas e alcançar velocidades
interestelares.
Sucesso
na TV
As imagens mais lembradas do avião invisível vieram dos sucessos na televisão dos anos 70 e 80. No desenho animado Super Amigos (1973-1986), o jato tinha a invisibilidade sugerida apenas pelo traçado em linhas brancas, mostrando a Mulher Maravilha no seu interior. No seriado televisivo estrelado por Lynda Carter, entre 1975 e 1979, o jato apareceu apenas em dois episódios.
A garotada se divertia em ver a atriz
sentada na réplica carnavalesca de plástico e acrílico, vista de longe e
lateralmente, com um plano com nuvens brancas ao fundo, simulando um vôo de
cruzeiro.
Ou ainda em ângulos próximos com o
major Steve Trevor no assento de trás. Essas aparições na telinha forçavam a permanência
do avião nos quadrinhos. O aparelho também deu as caras na segunda temporada do
desenho animado Liga da Justiça sem Limites.
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